quinta-feira, 31 de janeiro de 2008







- temos um talento doloroso e obscuro.
construímos um lugar de silêncio.

de paixão
[herberto helder]


da paixão e do silêncio:




Consigo recuperar do momento o amor desfalecendo por inteiro nas minhas pernas.






Os corpos noturnos encadeiam entre si mensagens a velocidades letais.
É preciso prepararmo-nos para derreter, para evaporar, para vestir o chão, para vestir as paredes, para destilar, para violentar. A corrupção dos corpos é uma ordem.
.
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os dedos dele penetram o corpo dela. no momento em que jean-pierre vai escrever uma palavra no seu interior, nesse exacto momento em que o amor é um gesto circular, e a voz apenas um fio, mirella sussurra: "escreve o teu nome".
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Entendo peles de amar este corpo. Explica-me o resto a prender-te aqui em renúncia.
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aqui nos falámos das pequenas tristezas e olha aquela é a cor exacta dos teus olhos. quem nos parte habita depois os lugares
longe longe
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estou a regressar. porque logo o amor se inventa, e o lugar regressa, diz-te (como se dissesse): sim, é aqui que tudo começa, que tudo se renova. o amor
é um mapa consideravelmente grande
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[foto de there's only 1 alice]




2 comentários:

Menina Limão disse...

lindíssima esta sequência de apontamentos poéticos. e não o digo por estar incluída. até fiquei a conhecer blogs que desconhecia por completo.

Anónimo disse...

subscrevo :)

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